Coordenação do cuidado durante a assistência prestada às pessoas privadas de liberdade que vivem com HIV (2019)
- Authors:
- Autor USP: CADAMURO, ALINE CRISTINA GONÇALVES ANDRADE - EERP
- Unidade: EERP
- Sigla do Departamento: ERM
- Subjects: HIV; ENFERMAGEM EM SAÚDE PÚBLICA; PRISÃO; SERVIÇOS DE SAÚDE; ASSISTÊNCIA À SAÚDE
- Keywords: Acquired Immunodeficiency Syndrome; Assistência Integral à Saúde; Comprehensive Health Care; Health Services Research; Pesquisa sobre Serviços de Saúde; Prisões; Prisons; Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
- Language: Português
- Abstract: Este estudo buscou analisar a coordenação do cuidado às pessoas vivendo com HIV no sistema prisional. Trata-se de um estudo descritivo, do tipo inquérito, desenvolvido em seis Unidades Prisionais (UP) da região de Ribeirão Preto-SP. Incluiu diretores técnicos de saúde, que preencheram um roteiro de caracterização das UP, e 85 pessoas privadas de liberdade (PPL) vivendo com HIV, entrevistadas por meio de um questionário contendo variáveis sociodemográficas, clínicas, de acompanhamento, oferta e coordenação de ações e serviços de saúde. Para análise dos dados, utilizaram-se técnicas estatísticas descritivas e foram construídos indicadores de coordenação, os quais corresponderam ao valor médio das respostas dos entrevistados às variáveis com escala Likert de cinco pontos. Tais indicadores foram classificados em satisfatórios (>3,5 a 5,0), regulares (>2,5 a 3,5) e insatisfatórios (1,0 a 2,5). Comparou-se o desempenho das diferentes UP utilizando ANOVA ou Kruskal Wallis, seguidas de testes de comparação múltipla. Verificou-se que 43 (50,6%) indivíduos foram diagnosticados com HIV no sistema prisional; 72 (84,7%) estavam em acompanhamento médico; 67 (78,8%) faziam uso da terapia antirretroviral (TARV); 18 (21,2%) necessitaram de internação hospitalar devido ao HIV/aids e 23 (27,1%) relataram tuberculose no último encarceramento. A coordenação do cuidado foi classificada como insatisfatória (média 2.49±1,82). Indicadores específicos que tiveram essa classificação: "ações para o monitoramento da TARV"; "informações sobre resultados de exame"; "informações sobre agendamento da consulta com serviço especializado em HIV"; e "levar para atendimento em outras especialidades médicas quando necessário". Obtiveram classificação regular: "Levar para atendimento médico de urgência fora da UP na presença de problemas de saúde", "Não perder consulta como infectologista" e "Reforçam as orientações dadas pelo infectologista". Os indicadores com resultados satisfatórios: "Não atrasar a entrega da TARV"; "realização de coleta de sangue na UP", "orientações quanto ao preparo para a coleta de sangue para exames". Verificou-se que três (50%) UP contavam com, pelo menos, sete profissionais de diferentes categorias nas equipes de saúde; seis (100%) UP afirmaram o acolhimento à demanda espontânea e a realização de testes de HIV, hepatites vitais e sífilis, bem como a coleta de sangue para exames T-CD4+ e Carga Viral. Quanto à entrega da TARV aos detentos, cinco (83,3%) UP realizavam mensalmente e três (50,0%) desenvolviam estratégias para avaliar a adesão medicamentosa. Cinco (83,3%) UP relataram discussão de casos com os serviços especializados em HIV por e-mail e quatro (66,6%) por telefone. Duas (33,3%) UP informaram que os agentes penitenciários realizavam a interlocução das informações com os serviços especializados em HIV. "Questionar sobre a regularidade no uso da TARV" foi a único indicador que apresentou diferença estatisticamente dignificante entre as UP, sendo melhor avaliado na UP-C em relação à UP-D. Observou-se que as UP apresentaram fragilidades na coordenação do cuidado em HIV, o que pode ser consequência do cenário adverso onde a assistência é prestada, com superlotação populacional e equipes de saúde incompletas. Reforça-se a necessidade de intervenções que valorizem o monitoramento do uso da TARV e o compartilhamento de informações entre os diferentes serviços da rede de atenção à saúde visando à continuidade da assistência prestada para o manejo da infecção pelo HIV nas UP
- Imprenta:
- Publisher place: Ribeirão Preto
- Date published: 2019
- Data da defesa: 06.05.2019
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ABNT
ANDRADE, Aline Cristina Gonçalves. Coordenação do cuidado durante a assistência prestada às pessoas privadas de liberdade que vivem com HIV. 2019. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2019. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-09082019-111646/. Acesso em: 29 mar. 2024. -
APA
Andrade, A. C. G. (2019). Coordenação do cuidado durante a assistência prestada às pessoas privadas de liberdade que vivem com HIV (Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. Recuperado de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-09082019-111646/ -
NLM
Andrade ACG. Coordenação do cuidado durante a assistência prestada às pessoas privadas de liberdade que vivem com HIV [Internet]. 2019 ;[citado 2024 mar. 29 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-09082019-111646/ -
Vancouver
Andrade ACG. Coordenação do cuidado durante a assistência prestada às pessoas privadas de liberdade que vivem com HIV [Internet]. 2019 ;[citado 2024 mar. 29 ] Available from: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-09082019-111646/
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