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Efeito da hierarquia em bovinos de corte terminados em confinamento sobre temperamento, níveis de estresse e desempenho (2020)

  • Authors:
  • Autor USP: TONON, ÉLDER - FZEA
  • Unidade: FZEA
  • Sigla do Departamento: ZAZ
  • Subjects: BEM-ESTAR DO ANIMAL; BOVINOS; CRUZAMENTO ANIMAL; COMPORTAMENTO ANIMAL; CONFINAMENTO ANIMAL
  • Agências de fomento:
  • Language: Português
  • Abstract: O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da hierarquia de bovinos de corte terminados em confinamento sobre o temperamento, o nível de estresse e o desempenho. O experimento foi realizado no Laboratório de Biometeorologia e Etologia da FZEA/USP, campus Fernando Costa, em Pirassununga. Foram utilizados 128 bovinos machos não castrados produtos de cruzamento entre touros da raça Angus e vacas da raça Nelore, com peso vivo inicial médio de 331,1 kg (±3,15), e idade média de 16,9 (±0,83) meses. Os animais foram alojados em oito currais de confinamento coletivo, durante 130 dias, onde se registrou o comportamento social dos mesmos, visando definir o estabelecimento de hierarquia. Foram realizados manejos a cada 28 dias para a pesagem, colheita de sangue para análise de cortisol e avaliação do temperamento, utilizando os métodos de Teste de Reatividade (ER), Velocidade de Fuga (FS) e Avaliação Qualitativa do Comportamento (QBA - Qualitative Behavior Assessment). Os bovinos foram abatidos em frigorífico comercial, com peso vivo entre 530 e 557 kg, ou 17,7 a 18,6 @. Além da avaliação das carcaças, foram retiradas amostras de carne (Longissimus dorsi) para avaliação da qualidade pelas medidas de coloração, pH em 24 horas, perda de água por cocção e maciez. Os dados foram analisados por meio de um modelo ajustado, a partir da teoria de modelos lineares generalizados do GENMOD (SAS 2017), considerando os efeitos de tratamento (classes hierárquicas), de animais como medida repetidae os efeitos de tempo dentro dos tratamentos como lineares. O teste de reatividade e a velocidade de fuga não foram influenciados pela ordem hierárquica. Os níveis de cortisol sérico mensurados no início, meio e final do confinamento não apresentaram diferenças significativas. Porém, a ordem hierárquica causou efeito nos níveis de cortisol sérico, indicando maior estresse nos bovinos classificados como dominantes e intermediários em relação aos submissos. Em relação ao comportamento, no parâmetro calmo, os animais dominantes e intermediários possuíram maior média em relação aos submissos. Animais dominantes apresentam comportamento pós manejo mais relaxado e calmo em relação aos submissos. O ganho diário médio de peso apresentou tendência para maiores valores nos animais dominantes, seguidos dos intermediários e dos submissos, com valores médios de importância econômica (1,92, 1,84 e 1,76 kg.animal.dia-1, respectivamente). O peso vivo final foi maior nos bovinos dominantes, seguidos dos intermediários e dos submissos (552,93, 542,54 e 537,17Kg, respectivamente). A hierarquia não exerceu efeito significativo sobre o peso e rendimento de carcaça, área de olho de lombo e a espessura de gordura subcutânea. A perda de água por cocção, a maciez e o pH das amostras da carne não apresentaram efeitos significativos da hierarquia. Apenas a intensidade de coloração vermelha foi inferior nas amostras de carne dos animais dominantes e intermediários e superior naquelas dos submissos. Épossível concluir que a hierarquia não influenciou a expressão do temperamento, possivelmente em decorrência das condições superiores de conforto físico no confinamento, como área de circulação, de cocho e de sombreamento, e pelo manejo gentil dos animais. A hierarquia influenciou o nível de estresse dos bovinos, com maior nível nos dominantes e intermediários. Houve influência da hierarquia sobre o ganho de peso, maior nos animais de posição superior, e não foram encontrados efeitos significativos da hierarquia sobre as características de carcaça e de qualidade da carne, com exceção da intensidade da cor vermelha
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 14.08.2020
  • Acesso à fonte
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    • ABNT

      TONON, Élder. Efeito da hierarquia em bovinos de corte terminados em confinamento sobre temperamento, níveis de estresse e desempenho. 2020. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Pirassununga, 2020. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74131/tde-28042021-123827/. Acesso em: 03 jun. 2024.
    • APA

      Tonon, É. (2020). Efeito da hierarquia em bovinos de corte terminados em confinamento sobre temperamento, níveis de estresse e desempenho (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Pirassununga. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74131/tde-28042021-123827/
    • NLM

      Tonon É. Efeito da hierarquia em bovinos de corte terminados em confinamento sobre temperamento, níveis de estresse e desempenho [Internet]. 2020 ;[citado 2024 jun. 03 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74131/tde-28042021-123827/
    • Vancouver

      Tonon É. Efeito da hierarquia em bovinos de corte terminados em confinamento sobre temperamento, níveis de estresse e desempenho [Internet]. 2020 ;[citado 2024 jun. 03 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74131/tde-28042021-123827/


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