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Perfil clínico epidemiológico de pacientes com doença respiratória exacerbada por aspirina (DREA) em centro de referência (2021)

  • Authors:
  • Autor USP: NOGUEIRA, LEILANE HOFFMANN - FMRP
  • Unidade: FMRP
  • Sigla do Departamento: RCM
  • Subjects: ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES; ASMA; PÓLIPOS NASAIS; SINUSITE; DOENÇAS RESPIRATÓRIAS; EPIDEMIOLOGIA
  • Keywords: Anti-Inflamatórios não esteroides; Asma; Aspirin; Aspirina; Asthma; Nasal polyps; Non-steroidal anti-inflammatory agents; Pólipos nasais; Sinusite; Sinusitis
  • Agências de fomento:
  • Language: Português
  • Abstract: A Doença Respiratória Exacerbada por Aspirina e Anti-inflamatórios Nãoesteroidais (DREA) é caracterizada por rinossinusite crônica com pólipos nasais, asma, e reações a anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs). O presente estudo visou descrever o perfil clínico e epidemiológico de pacientes com DREA, e a resposta clínica a terapia com aspirina após dessensibilização (TAAD) e tratamento com omalizumabe. Foi estudo observacional, com análise retrospectiva e descritiva de características de pacientes selecionados dentre aqueles atendidos nos ambulatórios de Alergia e Imunologia e de Otorrinolaringologia do HCFMRP-USP. Dados foram coletados através de análise de prontuário, atendimento em consultas médicas ou entrevista telefônica. 75 pacientes foram incluídos, com mediana de idade de 50 anos, e predominância do sexo feminino (69%). IgE total elevada foi encontrada em 67,8% dos pacientes, e eosinofilia em sangue periférico em 55%. Sensibilização a aeroalérgenos foi observada em 76,5% dos pacientes. A ordem de início das condições clínicas na fase adulta foi: sintomas nasais, asma, polipose nasal, e reação de hipersensibilidade aos AINES. Pólipos nasais foram diagnosticados em média em 2,1 ocasiões. Segundo o Asthma Control Test (ACT), 49% apresentaram asma bem controlada e 51% asma parcialmente controlada ou mal controlada. Gravidade da asma pelas etapas da (GINA) revelou asma leve em 43%, e asma moderada e grave em 57% dos pacientes. Reações aos AINES foram caracterizadas por sintomas respiratórios em 71%, cutâneos em 5%, e reações mistas ou anafilaxia em 24% dos pacientes. Diagnóstico de hipersensibilidade a AINEs foi feito por teste de provocação oral com aspirina em 14% dos pacientes, e nos demais pela história clínica inequívoca. ACT mais grave foi associado a reação de anafilaxia (p = 0,04). 31,7% dos pacientes relataram reação apósingerir bebida alcoólica. 40/75 pacientes foram submetidos a TAAD e destes, 47,5% suspenderam o tratamento por razões que incluíram sintomas gastrointestinais, má aderência, urticária, cirurgia, sangramento, anemia e dengue. Em pacientes que mantiveram a TAAD (n = 21) foi observada melhora significante do controle da asma (ACT médio 22 e 24 pré e após início da TAAD, p = 0,02); diminuição do número de crises de sinusite por ano (número médio de crises/ano 4,3 e 1,4, pré e após início da TAAD, p = 0,008); e melhora dos sintomas nasosinusais e qualidade de vida, com valores médios do Sino-Nasal Outcome Test SNOT-22 de 61,7 e 23,1 pré e após inicio da TAAD (p < 0,001), respectivamente. 6/21 pacientes (29,5%) apresentaram recidiva de pólipos nasais. Seis pacientes receberam tratamento com omalizumabe e tiveram queda no número de recidivas de pólipos nasais de 2,5 para 0,5, pré e após o início do tratamento, respectivamente. Concluímos que nossos pacientes com DREA tiveram características semelhantes às descritas na literatura, como idade, sexo predominante, gravidade da asma, e predomínio de reação respiratórias aos AINES. Por outro lado, a presença de sensibilização alérgica foi mais frequente do que em alguns estudos, e o desencadeamento de sintomas pela ingestão de bebidas alcoólicas foi menos relatado por nossos pacientes que em estudos prévios. Os pacientes apresentaram melhora significante dos sintomas com a TAAD, entretanto a frequência de descontinuação da TAAD foi elevada, principalmente devido aos sintomas gastrointestinais associados à terapia com altas doses de aspirina. O tratamento com omalizumabe pode ser promissor, e resultou na diminuição da recidiva dos pólipos em nossos pacientes
  • Imprenta:
  • Data da defesa: 19.05.2021
  • Acesso à fonte
    How to cite
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    • ABNT

      NOGUEIRA, Leilane Hoffmann. Perfil clínico epidemiológico de pacientes com doença respiratória exacerbada por aspirina (DREA) em centro de referência. 2021. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2021. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-04082021-134000/. Acesso em: 21 maio 2024.
    • APA

      Nogueira, L. H. (2021). Perfil clínico epidemiológico de pacientes com doença respiratória exacerbada por aspirina (DREA) em centro de referência (Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-04082021-134000/
    • NLM

      Nogueira LH. Perfil clínico epidemiológico de pacientes com doença respiratória exacerbada por aspirina (DREA) em centro de referência [Internet]. 2021 ;[citado 2024 maio 21 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-04082021-134000/
    • Vancouver

      Nogueira LH. Perfil clínico epidemiológico de pacientes com doença respiratória exacerbada por aspirina (DREA) em centro de referência [Internet]. 2021 ;[citado 2024 maio 21 ] Available from: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-04082021-134000/

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