Momento Odontologia #68: Evolução nos processos de restauração contribui para a preservação dos dentes (2020)
- Autor:
- Autor USP: MONDELLI, RAFAEL FRANCISCO LIA - FOB
- Unidade: FOB
- Subjects: RESTAURAÇÃO DENTÁRIA; MATERIAIS DENTÁRIOS; INSTRUMENTOS ODONTOLÓGICOS; CIMENTOS DENTÁRIOS
- Language: Português
- Abstract: Quando se fala em saúde bucal, uma coisa muito comum entre os brasileiros são as restaurações, também chamadas de obturações. Nelas, o profissional dentista usa um determinado material para recuperar e resgatar a parte danificada do dente para que ele resgate a sua função. A odontologia evoluiu muito, não só em relação aos materiais, mas também quanto aos instrumentos utilizados nesse procedimento. A evolução no processo de restauração dentária é o tema do Momento Odontologia desta semana, com o professor Rafael Francisco Lia Mondelli, do Departamento de Dentística, Endodontia e Materiais Odontológicos da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP. Segundo o professor, uma das primeiras grandes novidades foi a caneta de alta rotação, que permitiu aos profissionais da odontologia o preparo dos dentes para uma restauração mais rápida e efetiva. Outros instrumentos também evoluíram e a odontologia ficou menos invasiva, o que levou à preservação de uma maior área do dente a ser restaurada. Mondelli ressalta que “outra evolução foi a adesão às estruturas dentárias”. O professor destaca o uso das estruturas de esmalte, em que “se aplica um sistema adesivo, para que dê retenção” ao dente. “E não só isso: se antes era possível somente fazer a polimerização química, depois surgiu a possibilidade de fazer a polimerização através da luz. É um material que permite substituir as estruturas dentais perdidas.” O professor lembra que, ao mesmo tempo, aconteceu a evolução dos sistemas cerâmicos e também houve um avanço das tecnologias, que trouxe mais rapidez e qualidade para muitos procedimentos, além do surgimento dos cimentos resinosos adesivos. Tudo isso, diz o professor, faz parte do processo de restauração que, “como o próprio diz, é restaurar o elemento dental que sofreu alguma consequência, por uma lesão de cárie,uma erosão química, por exemplo”. A restauração pode ser feita de formas diferentes. A direta, mais utilizada, pode ser feita através de “uma resina composta, tanto nos dentes anteriores quanto nos posteriores”. Outro material que pode ser utilizado é o cimento de Ionômero de Vidro, “que pode servir como material restaurador provisório e/ou, então, definitivo, dependendo da situação clínica”. O professor ressalta que houve um grande desenvolvimento nas restaurações indiretas, com as conhecidas porcelanas, um processo um pouco mais trabalhoso. “Tem que fazer o preparo do elemento dental, uma moldagem que vai ser confeccionada em laboratório e depois cimentada na cavidade do dente preparado.” Mondelli alerta que as restaurações precisam ser bem-feitas, “para que não tenha o risco de uma infiltração ao longo do tempo e ter que fazer novas restaurações”. Ele explica que isso pode ser um risco, já que “pode ter uma perda maior da estrutura dental”. O professor ressalta que os materiais utilizados têm um tempo de vida útil, “que varia pela característica e propriedades do material, a habilidade do operador e o tamanho da cavidade”. Ao comparar as restaurações diretas e indiretas, Mondelli destaca que “a resina composta tem uma vida útil menor que a porcelana”. Com as crianças, a situação não é diferente. “É extremamente importante ter o controle da cárie na cavidade bucal das crianças e orientar que elas devem fazer a higienização adequada”, destaca. Segundo Mondelli, esses cuidados são essenciais, porque “quanto melhor o controle, melhor vai ser a dentição permanente”. E os cuidados, que devem começar na infância, precisam ser mantidos na vida adulta. Aliás, os cuidados com os dentes restaurados “são os mesmos que temos com os que não têm restauração”. Manter a higienização adequada vai ser essencial no processojá que “vai colaborar para que o paciente tenha um tempo maior de vida útil dessa restauração”.
- Imprenta:
- Publisher: Rádio USP Ribeirão
- Publisher place: Ribeirão Preto
- Date published: 2020
- Source:
- Título do periódico: Jornal da USP
- Volume/Número/Paginação/Ano: 24 ago. 2020
-
ABNT
MONDELLI, Rafael Francisco Lia. Momento Odontologia #68: Evolução nos processos de restauração contribui para a preservação dos dentes. Jornal da USP. Ribeirão Preto: Rádio USP Ribeirão. Disponível em: https://jornal.usp.br/podcast/momento-odontologia-68-evolucao-nos-processos-de-restauracao-contribui-para-a-preservacao-dos-dentes/. Acesso em: 21 maio 2024. , 2020 -
APA
Mondelli, R. F. L. (2020). Momento Odontologia #68: Evolução nos processos de restauração contribui para a preservação dos dentes. Jornal da USP. Ribeirão Preto: Rádio USP Ribeirão. Recuperado de https://jornal.usp.br/podcast/momento-odontologia-68-evolucao-nos-processos-de-restauracao-contribui-para-a-preservacao-dos-dentes/ -
NLM
Mondelli RFL. Momento Odontologia #68: Evolução nos processos de restauração contribui para a preservação dos dentes [Internet]. Jornal da USP. 2020 ;[citado 2024 maio 21 ] Available from: https://jornal.usp.br/podcast/momento-odontologia-68-evolucao-nos-processos-de-restauracao-contribui-para-a-preservacao-dos-dentes/ -
Vancouver
Mondelli RFL. Momento Odontologia #68: Evolução nos processos de restauração contribui para a preservação dos dentes [Internet]. Jornal da USP. 2020 ;[citado 2024 maio 21 ] Available from: https://jornal.usp.br/podcast/momento-odontologia-68-evolucao-nos-processos-de-restauracao-contribui-para-a-preservacao-dos-dentes/ - Uso de infiltrante para tratamento de lesões cariosas em esmalte
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