Evolução da prevalência de anemia em crianças quilombolas, segundo dois inquéritos de base populacional em Alagoas, Brasil (2008-2018) (2021)
- Authors:
- Santos, Laíse Gabrielly Matias de Lima - Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
- Ferreira, Carla Mariana Xavier
- Azevedo, Artur Belo
- Santos, Samara Luiza Silva - Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
- Kassar, Samir Buainain
- Cardoso, Marly Augusto
- Ferreira, Haroldo da Silva - Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
- Autor USP: CARDOSO, MARLY AUGUSTO - FSP
- Unidade: FSP
- DOI: 10.1590/0102-311x00122520
- Subjects: QUILOMBOLAS; CRIANÇAS; ANEMIA FERROPRIVA; MINORIAS ÉTNICAS; INQUÉRITOS EPIDEMIOLÓGICOS; SAÚDE DA CRIANÇA; ALAGOAS
- Agências de fomento:
- Language: Português
- Abstract: Objetivou-se avaliar a evolução da prevalência de anemia em crianças quilombolas de Alagoas, Brasil. Trata-se de uma análise descritiva comparando resultados de dois inquéritos domiciliares (2008; n = 950 e 2018; n = 426), envolvendo amostra das crianças de 6 a 59 meses. A anemia foi diagnosticada com hemoglobina < 110g/L (HemoCue). As prevalências entre os dois inquéritos foram descritas percentualmente e pela razão de prevalência (RP) e intervalo de 95% de confiança (IC95%), calculados por regressão de Poisson. As prevalências de anemia em 2008 e 2018 foram, respectivamente, 53% (IC95%: 49,8-56,1) e 38% (IC95%: 33,4-42,6), configurando um declínio de 28,3% (RP = 0,72; IC95%: 0,63-0,82). Crianças de 6 a 24 meses foram mais acometidas do que aquelas de 25 a 59 meses, tanto em 2008 (72% vs. 44%) como em 2018 (54,8% vs. 28,3%). Houve redução de prevalência em ambas as faixas etárias (23,9% e 35,7%, respectivamente). Essa redução mais pronunciada nas crianças mais velhas fez que as mais jovens passassem a ter quase o dobro da prevalência vista nas de maior idade (RP = 1,94; IC95%: 1,53-2,46). Conclui-se que houve declínio expressivo da prevalência de anemia durante o período avaliado, persistindo, porém, como relevante problema de saúde pública, sobretudo entre as crianças de 6 a 24 meses. As crianças avaliadas sobrevivem em grande vulnerabilidade social, evidenciando-se que, para promover a saúde dessa população, não são suficientes ações no âmbito da saúde pública. Gestores e profissionais de saúde devem estar atentos aos dados aqui apresentados, visando à implementação de medidas para enfrentamento das iniquidades sociais e de saúde que contribuem para maior vulnerabilidade desse grupo étnico-racialEl objetivo fue evaluar la evolución de la prevalencia de anemia en niños quilombolas de Alagoas, Brasil. Se trata de un análisis descriptivo, comparando resultados de dos encuestas domiciliarias (2008; n = 950 y 2018; n = 426), implicando en la muestra a niños de 6 a 59 meses. La anemia se diagnosticó con hemoglobina < 110g/L (HemoCue). Las prevalencias entre los dos cuestionarios fueron descritas porcentualmente y por la razón de prevalencia (RP) e intervalo de 95% de confianza (IC95%), calculados por regresión de Poisson. Las prevalencias de anemia en 2008 y 2018 fueron, respectivamente, 53% (IC95%: 49,8-56,1) y 38% (IC95%: 33,4-42,6), configurando un declive de un 28,3% (RP = 0,72; IC95%: 0,63-0,82). Los niños de 6 a 24 meses estuvieron más afectados que aquellos de 25 a 59 meses, tanto en 2008 (72% vs. 44%), como en 2018 (54,8% vs. 28,3%). Hubo una reducción de prevalencia en ambas franjas etarias (23,9% y 35,7%, respectivamente). Esta reducción más pronunciada en niños mayores provocó que los más jóvenes pasasen a tener casi el doble de la prevalencia, vista en aquellos de mayor edad (RP = 1,94; IC95%: 1,53-2,46). Se concluye que hubo un declive expresivo de la prevalencia de anemia durante el período evaluado, persistiendo, no obstante, como un relevante problema de salud pública, sobre todo entre los niños de 6 a 24 meses. Los niños evaluados sobreviven bajo una gran vulnerabilidad social, evidenciándose que para la promoción de la salud de esa población no son suficientes acciones en el ámbito de la salud pública. Gestores y profesionales de salud deben estar atentos a los datos aquí presentados, con el fin de implementar medidas para enfrentar las inequidades sociales y de salud que contribuyen a una mayor vulnerabilidad de ese grupo étnico-racial
- Imprenta:
- Publisher place: Rio de Janeiro
- Date published: 2021
- Source:
- Título do periódico: Cadernos de Saúde Pública
- ISSN: 1678-4464
- Volume/Número/Paginação/Ano: v.37, n.9, art. e00122520 [14p.], 2021
- Este periódico é de acesso aberto
- Este artigo é de acesso aberto
- URL de acesso aberto
- Cor do Acesso Aberto: gold
- Licença: cc-by
-
ABNT
SANTOS, Laíse Gabrielly Matias de Lima et al. Evolução da prevalência de anemia em crianças quilombolas, segundo dois inquéritos de base populacional em Alagoas, Brasil (2008-2018). Cadernos de Saúde Pública, v. 37, n. 9, p. art. e00122520 [14], 2021Tradução . . Disponível em: https://doi.org/10.1590/0102-311x00122520. Acesso em: 03 jun. 2024. -
APA
Santos, L. G. M. de L., Ferreira, C. M. X., Azevedo, A. B., Santos, S. L. S., Kassar, S. B., Cardoso, M. A., & Ferreira, H. da S. (2021). Evolução da prevalência de anemia em crianças quilombolas, segundo dois inquéritos de base populacional em Alagoas, Brasil (2008-2018). Cadernos de Saúde Pública, 37( 9), art. e00122520 [14]. doi:10.1590/0102-311x00122520 -
NLM
Santos LGM de L, Ferreira CMX, Azevedo AB, Santos SLS, Kassar SB, Cardoso MA, Ferreira H da S. Evolução da prevalência de anemia em crianças quilombolas, segundo dois inquéritos de base populacional em Alagoas, Brasil (2008-2018) [Internet]. Cadernos de Saúde Pública. 2021 ;37( 9): art. e00122520 [14].[citado 2024 jun. 03 ] Available from: https://doi.org/10.1590/0102-311x00122520 -
Vancouver
Santos LGM de L, Ferreira CMX, Azevedo AB, Santos SLS, Kassar SB, Cardoso MA, Ferreira H da S. Evolução da prevalência de anemia em crianças quilombolas, segundo dois inquéritos de base populacional em Alagoas, Brasil (2008-2018) [Internet]. Cadernos de Saúde Pública. 2021 ;37( 9): art. e00122520 [14].[citado 2024 jun. 03 ] Available from: https://doi.org/10.1590/0102-311x00122520 - Dietary fiber and glucose tolerance in japanese brazilians
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Informações sobre o DOI: 10.1590/0102-311x00122520 (Fonte: oaDOI API)
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