A nasometria como instrumento para identificação do risco do aparecimento da hipernasalidade após o avanço de maxila (2015)
- Authors:
- USP affiliated authors: FUKUSHIRO, ANA PAULA - FOB ; YAMASHITA, RENATA PACIELLO - HRAC
- Unidades: FOB; HRAC
- Assunto: CIRURGIA ORTOGNÁTICA
- Language: Português
- Abstract: Objetivo: A cirurgia ortognática com avanço de maxila (CO) é realizada em cerca de 10 a 50% dos indivíduos com fissura de palato±lábio (FP±L). A despeito dos benefícios proporcionados à estética e às funções orofaciais, as mudanças anatômicas na região velofaríngea inerentes ao procedimento cirúrgico podem resultar no aparecimento de hipernasalidade nessa população, a qual pode ser diagnosticada por meio de exames instrumentais, como a nasometria. O objetivo do presente estudo foi investigar os escores de nasalância indicativos de maior risco para o aparecimento da hipernasalidade após a CO em indivíduos com FP±L. Método: Este estudo envolveu uma análise retrospectiva dos escores de nasalância (correlato acústico da nasalidade) obtidos em 439 pacientes com FP±L reparada, de ambos os sexos, com idade entre 17 e 44 anos, determinados por meio de nasometria realizada 05 dias antes e 17 meses (em média) após a CO. A nasometria foi realizada durante a leitura de 5 sentenças contendo sons exclusivamente orais, para identificação da hipernasalidade, considerando como limite superior de normalidade o valor de 27%. Antes da CO, todos os pacientes apresentavam escores de nasalância normais, ou seja, indicativos de ressonância equilibrada. A partir do teste dos resíduos ajustados verificou-se que, no grupo analisado, escores de nasalância a partir de 12% são sugestivos de aparecimento da hipernasalidade após a CO. Deste modo os indivíduos foram distribuídos em dois grupos: G1 - escores de nasalância pré-cirúrgicos até 11% (n=181) e G2 - escores de nasalância précirúrgicos entre 12 e 27% (n=258). A comparação entre os escores de nasalância pós-cirúrgicos dos dois grupos foi feita por meio do teste XÇ e, para determinar a chance de um grupo ser mais suscetível ao aparecimento da disfunção velofaríngea, o odds ratio (OR) foi calculado, ambos com nível de (Continua)(Continuação) significância de 5%. Resultados: Após a CO, 13% (24/181) dos indivíduos do G1 e 52% (133/258) do G2 passaram a apresentar escores de nasalância indicativos de hipernasalidade. A diferença entre os grupos foi estatisticamente significante (p<0.001, OR 6,96, 95% IC, 4,25 – 11,41). Conclusão: Esses resultados mostraram que a CO pode ser um procedimento de maior risco (6,96 vezes) para o aparecimento da hipernasalidade nos indivíduos que apresentavam escores de nasalância entre 12% e 27% antes da cirurgia. Entretanto, outros estudos devem ser conduzidos com o objetivo de investigar a influência de outras variáveis sobre a ressonância da fala
- Imprenta:
- Publisher: Universidade de São Paulo, Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais
- Publisher place: Bauru
- Date published: 2015
- Source:
- Conference titles: Simpósio Internacional de Fissuras Orofaciais e Anomalias Relacionadas
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ABNT
MEDEIROS, Maria Natália Leite de et al. A nasometria como instrumento para identificação do risco do aparecimento da hipernasalidade após o avanço de maxila. 2015, Anais.. Bauru: Universidade de São Paulo, Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais, 2015. . Acesso em: 28 mar. 2024. -
APA
Medeiros, M. N. L. de, Fukushiro, A. P., Ferlin, F., & Yamashita, R. P. (2015). A nasometria como instrumento para identificação do risco do aparecimento da hipernasalidade após o avanço de maxila. In Anais. Bauru: Universidade de São Paulo, Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais. -
NLM
Medeiros MNL de, Fukushiro AP, Ferlin F, Yamashita RP. A nasometria como instrumento para identificação do risco do aparecimento da hipernasalidade após o avanço de maxila. Anais. 2015 ;[citado 2024 mar. 28 ] -
Vancouver
Medeiros MNL de, Fukushiro AP, Ferlin F, Yamashita RP. A nasometria como instrumento para identificação do risco do aparecimento da hipernasalidade após o avanço de maxila. Anais. 2015 ;[citado 2024 mar. 28 ] - Resistência laríngea em indivíduos com fechamento velofaríngeo marginal
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